SALARIÔMETRO

O Salariômetro (FIPE) apresenta um panorama sintético das negociações realizadas em maio de 2020, trazendo ainda importantes elementos adicionais sobre as negociações de  suspensão de contratos e redução de jornadas (clique aqui para DOWNLOAD).

Em virtude da inflação acumulada em abril de 2020 ser de 2,5%, um total de 82,4% das negociações de data base ocorridas em maio registraram reajuste igual ou acima do INPC.

O Governo Federal lançou o monitoramento do Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, no qual aponta que já foram preservados 11,56 milhões de empregos com base na suspensão de contratos ou redução de jornada/salários. Estes instrumentos foram criados pela MP 936/2020, aprovada no Congresso Nacional e que se encontra para sanção presidencial aguardada para os próximos dias.

CAGED

Em virtude da substituição do envio de informações de sistema específico do Caged para o eSocial, a disponibilização de dados do Caged ainda não foi regularizada (ver Nota de Esclarecimento).

NEGOCIAÇÕES EM MAIO DE 2020

Apesar da crise, os dados mostram que, em maio de 2020, diante da queda da inflação  acumulada em 12 meses para 2,5% (INPC abril/2020), o resultado para as negociações já fechadas do mês de maio apontam um ganho no reajuste real de 0,5%, conforme gráfico do Salariômetro abaixo.

Em maio, 66% das negociações concluídas apresentaram reajuste acima da inflação, percentual próximo do registrado nos últimos 12 meses (62,7%).Apesar da nova queda da inflação em maio, o INPC acumulado esperado ficou estável em junho. Estimativas do Banco Central apontam que a projeção da inflação esperada para as negociações sobem até 3% em novembro, caindo até 2% em janeiro/21. Na sequência volta a subir até 3% em maio/21.

 Fechamento de Negociações

Em comparação com os primeiros cinco meses de 2017 (pré implantação da Reforma Trabalhista), a quantidade de ACTs registradas no mesmo período de 2020 recuou 22%, enquanto o de CCTs reduziram 12%. Em relação à 2019, no caso dos ACTs, o volume registrado em 2020 é superior.

Destaques da edição de junho

A edição de junho do Salariômetro traz alguns destaques importantes.

•        As atividades onde mais se está negociando são as de “indústria metalúrgica” (429); “comércio atacadista e varejista” (381); “transporte, armazenagem e comunicação” (308);  e “bares, restaurantes e hotéis” (248). As quatro atividades concentram somadas concentram 56,9% das negociações.

•        Os estados com maior quantidade de negociações coletivas registradas  são São Paulo (30%), Minas Gerais (15,9%) e Rio Grande do Sul (11,2%).

•        As cláusulas mais negociadas são redução de jornada e salário (69,9%), ajuda compensatória mensal (64,6%) e  suspensão do contrato de trabalho (63,2%).

•        Em relação à redução de jornada, nos ACTs o mais comum são as reduções de 50% das jornada, enquanto nas CCTs o mais comum são as reduções de 25%.

Há diversas outras informações de interesse que podem ser acessadas no Salariômetro.

Brasil fecha quase 332 mil vagas de emprego em maio

Dados do Caged apontam que o Brasil fechou 331.901 vagas em maio. Os setores que mais sofrem com a crise são Serviços (-143.479) e Indústria (-96.912).Desde o início da pandemia (em março) o saldo é o fechamento de 1,14 milhões de postos de trabalho.

Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda

O Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda já alcançou 11,6 milhões de trabalhadores. Desses, quase metade (5,423 milhões) tiveram o contrato suspenso. Entre as reduções, a mais comum vem sendo a de 70% (2,256 milhões).

Desemprego sobe para 12,9%

Dados da Pnad Contínua apontam que, no trimestre encerrado em maio, a taxa oficial de desemprego subiu para 12,9%, um total de 12,7 milhões de pessoas. O resultado é uma alta de 0,6 ponto percentual, na comparação com maio do ano anterior. Essa é a maior taxa de desemprego desde março de 2018. Outros pontos da pesquisa:

•        País perdeu 7,8 milhões de postos de trabalho em 3 meses

•        Dos 7,8 milhões de ocupados a menos, 5,8 milhões eram informais

•        Ocupação no mercado de trabalho atingiu o menor nível histórico

•        Pela 1ª vez, menos da metade da população em idade de trabalhar está ocupada

•        Desalento (quem desistiu de procurar trabalho) bateu novo recorde, reunindo 5,4 milhões. 

Fonte: Resumo produzido pela Federação Nacional das Empresas de Rádio e Televisão – Fenaert