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Migração das AMs avança e já cobre 45,17% das emissoras participantes do processo
São Paulo – Divulgação da consulta pública referente a Santa Catarina faz processo andar
Conforme noticiado anteriormente pelo Tudo Rádio, o processo de migração das rádios AMs para a faixa FM deu mais um importante passo com a divulgação da consulta pública de Santa Catarina. Através dela foi possível conhecer o processo de canalização em território catarinense, trabalho que teve o Paraná como sua última etapa entre dezembro passado e março desse ano (saiba mais). Com o avanço, a migração passa a cobrir 45,17% das emissoras optantes pela mudança para a faixa FM e mercados passam a conviver com a possibilidade de abrigar as AMs no FM tradicional (88.1 FM a 107.9 FM) ou no estendido (76 a 87 FM).
Segundo Eduardo Cappia, engenheiro da EMC e diretor do comitê técnico da AESP (Associação das Emissoras de Rádio e Televisão do Estado de São Paulo), a canalização proposta para Santa Catarina (consulta pública Anatel Nº 06) atendeu 40 de 100 emissoras na faixa FM tradicional. As demais estações solicitantes pela migração (60) possuem grande possibilidade de operarem no FM estendido. Essas estações deverão ficar compreendidas nas regiões de maior adensamento populacional do estado (e também maior concentração de FMs já existentes na faixa “tradicional”), localizadas nas regiões de Joinville, Florianópolis, Blumenau, Itajaí, Criciúma, Chapecó, Balneário Camboriú, entre outras.
Cappia informa que duas emissoras no estado optaram por classes de baixa potência para serem alocadas no FM tradicional, situação que também só foi possível devido as condições técnicas no espectro desses locais. “As emissoras de Indaial e Pomerode, visando ficarem na faixa convencional, aceitaram formalmente migrar para classes inferiores ao que seria o equivalente pelo Decreto 8139 e pela Portaria 127, de A3 e A4 para Classe C, já se preparando para um valor mais aceitável ao que seria aplicado. Na verdade, foi uma medida de bom senso a ser considerada até pela população das localidades envolvidas”, afirma o engenheiro (clique aqui e saiba mais).
Santa Catarina também foi notícia recentemente após o anúncio polêmico de desligamento da Record AM 1470 de Florianópolis, emissora controlada pelo Grupo RIC que alegou demora na migração (fato noticiado no último dia 11). Um dia após o anúncio, o processo de consulta pública foi divulgado no estado (12 de março – saiba mais). Segundo os responsáveis que participam do processo de migração em todo o país, as consultas estão saindo nos prazos previstos. O ponto de maior curiosidade é relacionada aos valores das outorgas, ainda desconhecidos pelos radiodifusores (saiba mais).
Placar da migração
Com a consulta pública de Santa Catarina o processo de migração das AMs já atinge 45,17% das emissoras optantes pelo processo em todo o país. Em números absolutos foram atendidas 626 estações (192 com grandes possibilidades de operarem em FM estendido) e 760 aguardando o avanço do processo (estações localizadas em São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, além de estações em regiões próximas a fronteiras internacionais).
Nas próximas etapas o processo deverá caminhar rumo ao Rio Grande do Sul e depois para os três estados mais populosos do país.
Fonte: ABERT