São Paulo – Nova situação é motivada devido a adoção do Novo Critério Brasil, implantado nas pesquisas a partir de janeiro
O Instituto Ibope disparou uma circular ao mercado esclarecendo as mudanças motivadas pela adoção do Novo Critério Brasil, atualização do cenário populacional que passou a vigorar a partir de janeiro de 2015. O novo quadro já influenciou de forma significativa os panoramas de audiência de todas as praças brasileiras, mudando pesos e a abrangência da pesquisa. O mercado de rádio deve conviver com esse novo cenário, que passou a contar com um universo maior de ouvintes disponível em AM e FM, além de diferenças nas classes econômicas. A adoção do Novo Critério Brasil não é uma exclusividade do Ibope Media e das pesquisas no setor de comunicação, atingindo toda a sociedade.
Houve uma atualização das estimativas populacionais através da aplicação do novo Critério Brasil e ampliação das áreas de cobertura em praças específicas. O novo cenário foi considerado a partir dos dados de janeiro e, já que a pesquisa do Instituto Ibope é trimestral, a medição divulgada no mês passado ainda não contemplava a atualização (por abranger os três últimos meses de 2014). Ocorreram atualizações na composição de classes econômicas, nova estimativa de universos e distribuição da população por faixas etárias. O novo quadro já impacta nos dados e devem continuar evidentes nas próximas pesquisas.
O Ibope Media informa que a mudança de critério de classificação econômica e a atualização das estimativas são fatores que podem influenciar em variações significativas nos universos de alguns mercados, impacto já observado em várias praças através da pesquisa divulgada na primeira quinzena de fevereiro. Segundo o Ibope as novas estimativas e critérios impactam nos resultados das audiências analisadas por “targets” quanto por total (ambos os sexos). “As variações são explicadas, porque, a partir do momento que ocorre uma redistribuição da população em classes ou faixas etárias, os determinados públicos e perfis passam a ter diferentes pesos no universo e impactam no consumo total do meio”, informa o comunicado.
O “Novo Critério Brasil” ou “Novo Critério de Classificação Econômica Brasil” (saiba mais) foi apresentado ao mercado em maio de 2013 e tinha a previsão de adoção por parte do mercado a partir de janeiro de 2014. Porém ainda em 2013 houve o anuncio do adiamento da atualização dessa classificação econômica, que passou a influenciar as pesquisas a partir de janeiro de 2015. O Novo Critério busca definir uma segmentação mais apropriada da população em classes econômicas para fins de consumo.
Segundo o Ibope, com a mudança o novo critério passa a considerar dados dos 62 mil domicílios avaliados pela POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), incluindo áreas metropolitanas, urbanas e rurais, enquanto o indicador anterior cobria nove regiões metropolitanas (Porto Alegre, Curitiba, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Distrito Federal, Salvador, Recife e Fortaleza). Saiba mais: http://www.ibope.com.br/pt-br/noticias/Paginas/Criterio-Brasil-inicia-2015-com-nova-atualizacao-.aspx
Daniel Starck
Fonte: ABERT