O Ministério de Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações homologou nesta quarta-feira, 25/10, o desligamento dos sinais analógicos em Vitória, no Espírito Santo, e região a partir da meia-noite. No Rio de Janeiro, no entanto, a data foi esticada até 22/11. A nova preocupação no horizonte, no entanto, é com cidades do interior de São Paulo, com desligamento analógico marcado para 29/11. O problema nessa região acontece nas emissoras de televisão.

No Rio de Janeiro, a análise pela equipe que coordena a transição digital é de que a pesquisa sobre a preparação dos domicílios foi afetada por uma certa informalidade (leia-se ‘gatos’) em lares que apareceram no levantamento do Ibope como ‘analógicos’, mas que não ficarão sem acesso aos sinais digitais. “A pesquisa indica que o Rio está no mesmo nível de lares que não ficarão sem televisão, por volta de 94%”, diz o presidente da Seja Digital, Antonio Marteletto.

Quem conversa com as principais emissoras de televisão ouve, porém, que a situação, em algumas áreas do interior de São Paulo, onde o apagão está marcado para o dia 29/11, é mais delicada que no Rio de Janeiro, especialmente nas regiões de Franca e Jundiaí.

A questão por lá é que as próprias emissoras ainda não estão totalmente preparadas, ou seja, com transmissores digitais já em funcionamento. Parte do problema se deve ao fato de que algumas prefeituras obtiveram elas mesmas as outorgas para canais digitais, mas não têm os recursos para adquirir e instalar os equipamentos. E entre a compra e instalação, são necessários de três a quatro meses.

No Rio, há grande confiança de que o percentual de lares prontos para o desligamento (93%) será alcançado já nos próximos dias. Ainda assim, o governo pediu mobilização. “Pedimos ao cidadão do Rio de Janeiro que nos ajude a divulgar a importância dessa transformação. Procure o vizinho, o familiar, incentive a comprar o equipamento, ou a buscar seu conversor para aqueles que têm direito”, disse o ministro Gilberto Kassab.

Fonte: Convergência Digital.

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